Uma dessas palavras nuas chama-se Mara Araujo

Brumas


Chegara o dia em que mais nada farei. Pássaros voarão levando a minha alma, liberta de ritmos e reflexos numa invisível corrente de paz. O meu corpo será plantado na terra ungido de silêncios, de brumas e versos. Partirão a voz e os gestos, os movimentos tolos e o sorriso, deixando um gosto selvagem de infância, de manhas, vergonha e sonhos... E dormirei a meia noite de uma lua qualquer como raiz de uma beleza que ainda me dói deixar, de uma vida que ainda bebo como se buscasse o ar com medo de ir, de acabar, num silencio de gelo. Chegara o dia em que serei apenas meus versos, onde hoje esparramo a minha alma como se morresse, pra brotar. Fonte de luz intermitente enquanto durar, enquanto a terra não me abocanhar as entranhas com dentes ávidos, agudos e frios. Mas... Beberei da fonte mágica e minha alma voara nas asas do colibri. Outras eras, outros mares, outros céus e serei leve como borboleta, mimetizada em todas as cores, com o cheiro de todas as flores, e contarei estrelas em mal me quer-bem me quer, enquanto o espírito em essência voa... E o mundo continuará igual. Quando eu não estiver mais aqui, farás um verso pra mim...?

Mara Araujo

Se você sumisse um dia,
Bom, em principio não gostaria que isso acontecesse.. Mas se assim for, com certeza faria
Um poema voltado pra saudades das coisas que estavam dentro de nós e deixamos escapar tão mansamente.
Se você sumisse um dia, faria um poema que fale dos silêncios das melancolias e das misericórdias que não tivemos quando a tarde agonizava ocre e fugaz.
Faria um poema encarcerado e condenado à penitencia de se reconstruir eternamente ate que, exausto calasse todo sentimento de saudades.
Mas eu não faria uma homenagem daquelas que enterram o tempo, nem soltaria fogos de artificiais lembranças.
Sentaria na pedra que recebe a espuma renovadora das marés e seria meu poema tão vastamente interior como o horizonte que se deita entre o céu e a terra.
Só isso... Mas nunca escreveria um poema que nomeasse o teu mistério.

Dedicado a Mara Araújo..Maga das palavras

Flavio Pettinichi

 Bi:

 Queria eu, fazer o mais lindo poema para você

Um poema que fale de amor, de sentir, de ser inteiramente.
Um poema que fale de luz, de sol, de céu, de alegria intensa e radiante.
Um poema que fale de bondade, de energia, de brilho próprio,
que ao ler todos sintam a imensidão da sua grandiosidade, sintam sua alma transparente assim 

como o seu sol-riso puro, lindo e mágico.

Fabíola Cristina S da Frota.
Obs: ( TE AMOOOOO!!! )

Ghassan:

paramara*

trama: -
no fundo - escuro, claro! -
escura, a tâmara

(*sim, uma palavra só)

Brih....:

Ai que lindo poema... Alias, um grande poema...Você é maravilhosa... É a própria poesia na figura humana... Beijos grandes poetisa divina....