Um olhar de malícia
Ramificações
Sonhar, ter fé e acreditar que ainda há esperança, neste país onde a violência, CPIs, impostos, foro privilegiado, e bocas famintas invadem a nossa casa nos jornais do dia dia. Sonhar em meio a legislações obsoletas,desemprego e muita fome. Completa instabilidade social, onde pessoas matam, roubam impunes diante das nossas caras impotentes de medo sem ter a quem recorrer, e lembrei-me de uma frase,"Quando a vida nos violentar pela simples razão de ser, eu me imporei sonhar!" (Mara Araujo)
sábado, 13 de maio de 2023
Verão largo e ressequido
Verão largo e ressequido onde voam pardais, choram Marias e choram Joãos, mas chove no fim da tarde. Boca grande e ressequida que aguçam vontades e uma lavra de palavras quentes que agita que excita que grita paixão, enquanto a barriga dói e treme. Quero parar, preciso parar...
Mara Araujo
quinta-feira, 11 de maio de 2023
Porque és amor...
Mulher, deita-te com ares de abandono, estenda-se na terra, leve como folhas e flores largadas ao vento, trazidas de outro lugar, longe, muito longe. Porque és amor! Tens cheiro que espalha ardor, malicia, festa e feitiço, salgado como o mar. Tens a fala quente, rouca e suave, de extremos contrastes, que largam palavras suas em meus ouvidos que me perseguem
desde as primeiras horas, primeiras luas, primeiros sois, mal tão doce, tão belo, tão necessário...
Mara Araujo
quinta-feira, 4 de maio de 2023
Sentimentos Íntimos
segunda-feira, 27 de março de 2023
Eu hein...
Estou com medo de morrer. Sou covarde demais para encarar essa tal de morte e ave maria. Hoje, mais um amigo morreu. Já fico preocupada ( me perdoe a família) foi de doença grave, foi um mal súbito? Era mais novo, era mais velho? Aparentemente pareço mais nova, mas não me iludo porque sei também, que a aparência não diz nada! Não quero nem ver eu deitada dentro de um caixão, (ate do som da palavra sinto medo.) Sei que não verei mais nada estando morta, mas, sei lá! O que ficara de mim, o cheiro, o jeito, os retratos, a malicia? As palavras ficarão?
Vou arrumar minhas gavetas, pra mostrar alguma organização, Jogarei fora roupas velhas (principalmente as intimas) Irão revirar tudo! Credo Cruz, que medo, que aflição... Morrerei em paz? acho que não, conheço todos os meus percalços, meus pecados, meus lamentos, idas e vindas... Mas, comerei tudo que não posso, beberei rios de gin sem tônica e sem medo, engordarei sem preocupação alguma, porque sei que vou morrer. Que medo.... Prefiro voar. Hoje, mais um amigo morreu...
Mara Araujo
)
domingo, 26 de março de 2023
Urgência
E preciso tomar gosto, tomar tento, ter coragem e tomar um café mesmo sem pão, sem açúcar. Raios de sol disparam queimando a cabeça, o cérebro e ate pensamentos. Ando devagar, atenta a tudo e a todos, sentindo queimar e arder velhas feridas que parece não se curam nunca. "Ultimo preço" o moço grita e sai andando com seu tênis surrado, enquanto a vida passa nesse universo complicado de questões.
Mara Araujo
sábado, 25 de março de 2023
Saudades
Alguns papeis amassados... Alguns caminhos pisados, que não voltaria jamais! Ouço tuas palavras lá longe... Eras ainda tão menino, tão lindo tão ingênuo, tão amado. E hoje ainda ouço o som da tua voz, sinto seu amor na pele, nos cabelos, na boca no meu corpo inteiro. Parece feitiçaria, ou seria encanto, sonho... Não sei, só sei que vivo repleta de emoções, sensações, repleta da sua imagem da sua luz, magia... Quanto tempo faz? Fazem anos, fazem dias...
Mara Araujo
Intervalo
Fujo das pessoas, sempre fui assim, só! sem tristezas nem dores dentro de mim. Nenhum acumulo de sentimentos, por vezes contraditórios a ferver nos meu sangue. Não sinto nada, apenas essa calmaria, esse silencio, e essa mistura de agua e sal que não altera em nada a minha essência, que tranco escondida nas minhas veias, pez, pernas e coxas, que protejo nos intervalos, para os meus dias de azul e de festa.
Mara Araujosábado, 18 de março de 2023
Lua, estrelas e sol
Criei um quadro bonito pra eternizar nosso amor. Subindo e descendo escadas, colhi pedaços de céu varrendo todas as nuvens. A lua busquei nos sonhos, cheia, abarrotada de luz. lembrei das tuas lembranças que me contavas menino. Cadentes catei estrelas, aparadas no vestido seguro com as duas mãos, colhidas de varias cores, de brilhos avermelhados, alaranjados, amarelados e de um branco meio azulado se confundindo com o céu. Os planetas eu roubei e quase que desloquei saturno do seu lugar. Foi então que lembrei do sol que nos queimava no amor, e parei meio cismada... Lua, estrelas e sol...? Pensei no dia que em uma praia qualquer repleta de gente estranha nos amamos, com a mesma febre no olhar. O amor fluía em meio a desatinos de beijos, sensações, emoções e risadas, foi então que decidi... Coloquei as três marias em um pequeno espaço azul, colocando do outro lado um brilhante cruzeiro do sul. Desci enluarada e feliz, o quadro estava completo. Tomo um banho sorridente lavando pedaços de azul , estrelas escorrem nos cabelos. Secando em uma toalha de flores e deitando em um lençol dourado, vejo o meu quadro pintado, de lua estrelas e sol. Criei um quadro bonito,,,,
Mara Araujo
quinta-feira, 16 de março de 2023
Memorias e ferrugens
Um distanciamento que cheira saudade. Ideias fragmentadas de amor, paixão desejo e lembranças dos seus olhos, que brilhavam como lua negra, que acendia em meu rosto estranha claridade. Segredos do seu corpo a me consumir inteira como mar em fúria, em um constante estado de caos.
Mara Araujo
quarta-feira, 15 de março de 2023
Vento frio
Mara Araujo
segunda-feira, 13 de março de 2023
Tempo.
Assovia o vento e a noite caminha lá fora enquanto um frio me vai na barriga, um desassossego de não saber. Perder, perder, perder... O tempo consome a carne, rugas e câimbras distorcem o corpo, pernas e pés. As vezes uma sensação de semi inconsciência, um desejo de morrer de fim, de não ter mais o que fazer. Efêmero efeito de que tudo passou. Vitória medíocre onde entrego a alma como condecoração.
Mara Araújo
quarta-feira, 22 de março de 2017
Mara Araujo.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Vinho, cores e expectativas, o coração que vermelho dispara apertado de medo.
E caminho tensa, estranha consciente, instintiva ainda não contaminada...
Quero lambuzar o corpo a boca pegajosa e úmida de uma forma doída de contorcer, de conduzir, de percorrer.
Santa, vadia, louca inconsequente... Absorvendo mato, caatinga chuvas e serpente que te desenhas no corpo como a melhor parte. Esguio, sensual forte negro suburbano, e lhe dou meu corpo farto de longitudes de eiras beiras caminhos e estradas que percorri numa trama de não saber onde acaba onde começa todos os mistérios das coisa não tangíveis.
Te entrego dores, andanças, ruínas e um corpo quente e gasto que se enrosca e prende cheio de dedos de braços e a boca seca de gemidos, presságios de tempo bravo e contínuo, de olhos que carregam tudo consigo paixão desencanto e traços, todos tão desarmados tão ingênuos que sinto medo... E adio e deixo pra amanha ou quem sabe depois, qualquer hora qualquer dia, qualquer tempo...
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Entendo a felicidade como conquista íntima. Tenho gostos simples. Viajo através dos livros, vídeos, fotos, cinema e teatro. Gosto das palavras e tenho prazer em encaixá-las, entrelaçando-as num texto. Aprecio muito a beleza da vida e das pessoas, mas é sempre o interior dessas, que prevalece. Não entendo: desonestidade, consumismo, inadimplência, falta de caráter e ostentação. Cultivo vida, amor, carinho e afeto... falta aprender a ter mais confiança em mim, fixar mais a poesia na mente, pintar tela, ler Proust e outros, e reler Drummond, Rubem Braga e Humberto de Campos que li ha muitos anos. Falta aprender mais. Falta crescer na espiritualidade. Falta entender muito mais o mundo e a tormentosa complexidade das pessoas. Falta aceitar a brevidade da vida e correr para conseguir realizar mais no tempo que me resta. Falta amar mais e perdoar mais. E ainda falta mais e mais... Falta tanto!Mara Araujo
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
Vim te dar um beijo e dizer que te gosto e sinto saudades, que estou enlouquecida tentando me apaixonar e que estou ansiosa com essas vontades doidas, que continuo itinerante perseguindo sonhos, perspectivas e possibilidades, que sou uma praga pra mim caindo sempre nas minhas ciladas e contradições, que tenho escrito menos mas com a mesma intensidade de quem sente tudo até as ultimas consequências, que continuo trabalhando muito, ganhando pouco porque sei que mereço mais, que a vida me exaure, mas, não penso em largá-la tão cedo, que sinto falta de beijos molhados mastigados mordidos e loucos, que preciso fazer amor com a urgência de quem nasce para não morrer, te falar que nunca tentei mudar minha essência, meu jeito de ser, mas ela me cansa muito, que acordei e ainda estou de camisola com preguiça de tomar banho, que não tenho orado mais nem feito pacto de fidelidade, mas ando só sem alguém pra trair, que odeio traição e não acredito em amizade entre homens e mulheres, que sou louca, insana até o ultimo instante e que já disse tudo!!!!
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Hoje por uma pequena fração de segundos vi você caminhando na rua. Alguém que me pareceu ser você, essa espécie de marido, amante, namorado e o piano que tocas com velhas mãos de mistérios que conheço tão bem. A mesma camisa, os braços, pelos cabelos, pele e ossos que refletes de improviso no impressionismo das tuas canções. Pensei ter visto você que se foi caminhando por ai em uma tarde qualquer que chorava. E me pergunto... Porque toda poesia fala de dor, fala de amor, de ausências, de mortos que não consigo enterrar e se grudam na alma. Gritos internos e caatingas... Encruzilhadas onde ando ando e não consigo achar tua malícia deitada em mim, pra fazer de conta que esse amor não passou. Fico aqui, buscando palavras que me gritem sua ausência que me observa bem de perto enquanto decido ficar dentro de casa enganando o destino, o corpo e outras coisas que pedem você. E caio nos antigos abismos olhando as paredes que guardam seu cheiro e o seu jeito velho de caminhar. Sinto ódio da ausência, do engano, desse contagio, das marcas, do gosto, da saudade feita de silencio, espera e morte onde caminho no chão das tuas lembranças
Mara Araujo
domingo, 12 de janeiro de 2014
Luares e crepúsculos, e a casa vazia. As palavras que não veem, caem como gotas no papel como se recusando ao texto, a uma intimidade enjoativa impregnada de mim. Uma casa velha, mal pintada onde ruídos atravessam as paredes e me assusta. Madressilvas, narcisos e brincos de princesa, já não existem mais. Sinto-me só, disponível e atenta aos murmúrios do tempo, que não param nunca! O mundo está ao meu redor cheio de cores que não consigo ver. Nada me toca... Concedo-me o mundo e não o vejo. Um muro de silencio entre o mundo e eu. Inquietações e vazio a minha volta, existe um futuro a minha frente, eu o vejo sem projetos, sem causa, sem desejos, plano e nu, minuto a minuto. Sou como rocha batida por vagas no mar. A palavra se descompõe e me assusto, em um deserto que criei e persisto em manter, porque não sei como mudar, endureci e o tempo se foi levando todas as mudanças que teriam que ser. O silencio produz frutos amargos e eu tento relaxar, até sorrir, mas soa falso, mentiroso e cruel. Preciso parar mudar andar, sorrir sonhar, ter desejos e vontades entranhados em mim como droga injetada na veia, que ilude, que induz, seduz... Puxar as cortinas e ver o mar, as flores e parar de ter medo, ter coragem de chegar, parar de colher gotas de palavras e falar, recomeçar, ver a lua brilhar, banhar-me de luar num renascimento singular, e esse instante, se bastara!
Mara Araujo
domingo, 5 de janeiro de 2014
Cactus
O que sempre guardo das lembranças são os desejos, as palavras e as minhas sensações, sempre um pouco exageradas. Um todo emocional no abrir o corpo que ardia sempre, que queimava carregado de gemidos que vibravam sempre como notas musicais. Sua boca, suas mãos, a língua os dedos... O cheiro doce do suor salgado a lavar-me o corpo, submetendo-me aos seus delírios, seus caprichos, velhos amigos, apressados de paixão... E você disfarçava boleros me contando segredos que eu guardo até hoje... E me fizeram tantas marcas os teus segredos que eram uma mistura de cacos de vidro, cactus, mentiras e sal, que me deixaram a cabeça cheia de possibilidades, na melhor das intenções...
Mara Araujo
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Mara Araujo
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Hölle Carognepublicou emMara Araujo
domingo, 15 de setembro de 2013
Mara Araujo
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Emerge a cena em imagens captadas em olhares de profundidade, complexidades e perplexas. Cerco no perímetro. Elemento armado e o cão para traz. Dedos tremulam no gatilho. Descontrole e medo transitando dentro de estigmas e invisibilidade social. Drogado, psicótico, esquizofrênico... Sabe se lá! Síntese de subsídios frágeis de uma sociedade capenga de responsabilidades que se convergem no cotidiano como surreal. Convive-se com tensões e dramas, em total "controle" analisado dentro de mil questões filosóficas. Seres estigmatizados fortalecendo tendências e dramas, aonde se chega passivo, medroso frágil, inocente. Dentro de uma pureza lavada em sangue de tragédias e movimentos sobre-humano e familiar. Ambíguos e encurralados. Luta-se só, dentro de uma completa imprevisibilidade. Estamos Frágeis, incapazes e histéricos
Não serei uma charlatã, uma hipócrita esfumaçando verdades e vontades como nuvens, pesadas de desejos. Quero viver esse átomo microscópico que chamam vida, comendo todas as tentações, afogada em sentimentos. Quero viver todas as estações coberta de cores. Comi todas as frutas e vivo. Bebi o veneno do desencanto e sobrevivo. Suspendo todos os gestos do não sentir e me entrego ao princípio universal de respirar todos os micróbios, com os olhos fixos na lua, desprotegidos entregues e extasiados. Disfarço todos os medos com roupas normais e claras. Recebo o dia mais intenso, brilhante como um cristal, aguçada como uma gaivota detrás da arrebentação. Sábia como um corvo-marinho num faiscado de sol. Abro os braços para a vida e todos os seus fluxos hormonais, com a percepção do sagrado que nos veste de delicadeza
Dizem que sou voraz e danço em espelhos meio selvagem. Que possuo a real dimensão do que sou inventada em coragem. Um bicho meio suado que baba instintivo como quem bebe o ar. Que tece meandros em caças territoriais, faminta! Que sou meio feiticeira por natureza, vestida mulher. Que rezo nua nas portas da noite sem lua, sem luz nem estrelas onde mato e morro febril. Dizem que inundo prazeres de caça e caçador renascido. Submissa escrava e senhora. Que possuo a voracidade do sentir, como quem ora, abnegado ajoelhado e entregue. Absorvendo em grandes goles a intensidade do sentir, de dar, de doar, tomar gastar usar, tremendo de medo, de ardor, de dor, de prazer. De querer no limite de morte e vida como um dom, que me foi riscado em sulcos profundos e divino na palma da mão. E que durmo nas manhas, constrangida... Grávida de Deus
Aqui jaz o meu passado, traçando um fio interminável de lembranças, de despojos, de fantasmas e cicatrizes. Coloco-o em sua tumba fria a minha frente. Afasto-me e olho de cima, um olhar altivo e grave como a dizer... Eu sobrevivi! Estou viva e ainda tem pessoas preocupadas em saber se tenho profundidade. Sento sobre os meus mortos como a me abstrair, do jugo, da raiva, da hipocrisia, arrogância cinzenta que momentaneamente me turva. Desprendo fios deslizando para fora das contradições, do absurdo. Descanso meus mortos, olho-me no espelho, arrumo os cabelos, pego a bolsa e saio, tentando me desarmar...
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Por vezes me solto e saio destrancando portas e janelas de passados andados por estradas vermelhas barrentas e lisas. Fico sempre atenta porque existem caminhos que não me arrisco a entrar, são perigosos demais... Às vezes procuro meu rosto de menina, de criança que ficou perdido nas lembranças e nos olhos da minha mãe que se fecharam para sempre, num tempo que também ficou para traz. Não houve fotos nem espelhos que me guardassem os cabelos compridos, nem o frescor, nem os traços. Não sei como era meu rosto que se esfumaçou no tempo, e ao tentar me lembrar, sinto uma frustração impotente que sei, será eterna. Lembro-me das pernas compridas e sempre arranhadas de brincadeiras irresponsáveis e naturais. Gargalhadas selvagens em ruas de terra batida e poeira, meio bicho solto, meio bicho do mato. Tempos estéreis de ausências profundas e generalizadas. Desordem... Deslizando atitudes quase subversivas, dentro daquele nosso pequeno espaço de um mundo louco e torto, trancado a sete chaves, que deixei para traz sem sair do lugar. Imaginação fértil a me girar a cabeça ao aprender a ler como minha mãe me ensinou. Tranquei-me em todos os livros que me cabia encontrar. Guardei-me em todas as historias, em todos os horizontes imaginários, em uma dimensão de espaço infinito. Cercava-me em promessas de fuga de um mundo oprimido e ignorado, que já não me cabia menina. E menina cresci sem me guardar o rosto, num tempo pequeno demais. Hoje não sei dizer se ganhei ou perdi. Só sei que sobrevivi aos trancos e mais barrancos, com marcas cravadas na carne. Caminhos que ainda hoje não me arrisco a lembrar; E tento me redimir por me sentir culpada e alheia, aquela ruptura... A fuga do caos
Mara Araujo
Mas certos textos teus,me dão uma inveja danada,rs. Inveja da boa....este,eu adoraria ter escrito."Comer estrelas" é uma figura de linguagem felicíssima.Beijos menina...e muita inspiração.
A mulher do espelho me olha, me provoca cheia de ardis, passando batom, cheia de franjas de cores, malícia e salto-alto. Saia justa, penso eu, séria e olhando de lado pra não vê-la sorrir. Um sorriso que tudo promete. Coisas de bruxa, coisas de mar salgado de mau olhado, de maresia, de pulso mais forte que o meu. Tomo coragem, olho seus olhos de rio profundo profano, e penso... Que louca, que doida varrida! Cheia de tramas, de ilhas, de laços, cheia de conchas de ramas e de um desprendimento que me assusta quando não me vê, não me escuta nem me leva a serio, quando fecho portas que ela escancara cheia de magia, caprichosa e aguda, embriagada de sonhos de flores de versos. Submersa e alheia como uma aranha tecendo teias, sensual e insensata. A mulher do espelho repleta de falhas comportamentais não me escuta, enquanto passeia nas costas da noite arrancando meias, pássaros, trevos, uvas e estrelas de dentro da boca, dos olhos, enquanto fico vigilante e preocupada medindo todos os gestos, cercando todos os eixos pra ela não se machucar enquanto sorri, cheia de graça e malícia, pra que não caia de uma roda gigante num parque de diversões num dia qualquer
Ah, eu gosto mesmo é de falar de amor, de amar me apaixonar, mesmo quando dói, quando sangra. Já descobri que não mata... Quando amo, me abrando me acalmo me agito, santifico. Viro uma flor! Quando sofro, me acho na essência dos loucos. Em uma atmosfera de estrela brilhante me envolvo, e bebo todas as fases. Sorrio todos os sóis. Escondo-me em espelhos viajo em nuvens. Deixo que o amor me possua espalhada, na flor d´agua, líquida e quente. Consumida! Preencho um mundo de cores, sorrisos me escorrem pela boca. Os olhos deitam malícia piscando pesados de paixão. Mas quando é pra sofrer... Me mato! Choro todos os mares encharcando lençóis. Perco a fome perco o sono. Punhais atravessam-me o peito afiados, e sangro! Fico invisível, finjo que morro. Viro-me pro avesso do amor e odeio! Odeio-me por deixar que o amor me possuísse sem trancas, sem controle, pedindo a Deus de joelhos pra dor acabar, pra me matar, pra que faça qualquer coisa pra essa dor passar. Prometo nunca mais amar, olhar, desejar. Prometo ir a igreja rezar e pedir perdão e... De repente, acaba! E eu... Sinto-me vazia, sem foco, sem magia, poderes secretos. Sem janelas nem rumo. Sem ter onde me aninhar, encaixar, tocar, pegar... Ai meu Deus... Me sossega, me aquieta, e não me deixa morrer de amor
Estou assim estarrecida com sua capacidade de escrever. Ler você, faz bem para a alma. Só tendo uma experiencia de vida, para saber que o que vc escreve não e fixao. só conhecendo o povo brasileiro e nossa situação politico/social para saber o quanto dói as verdades que vc escreve. Ah!!! quando você fala de amor!! Eu sinto na pele, e morro de saudade de ter saudade. Vá enfrente e publique um livro.
Beijos querida Mara,
Marisa de Medeiros
que pode parecer, nunca este amor foi tão difícil de ser encontrado em sua forma plena, verdadeira e real! Pois o que vemos e sentimos, no dia de nossas vidas é a existência cada vez maior de desamor, de ódio, de raiva, de
preconceitos e de pessoas que agem de forma fria e desumana em suas
atitudes, ações e decisões... E esta é uma conclusão inevitável quando deixamos a hipocrisia
e a mentira de lado e nos permitimos olhar para o espelho
à nossa frente, que certamente saberá mostrar essa verdade.
Pára, lá no fundo, muitos perceberem que passaram pela vida mas não souberam o que era amor.
E nem souberam amar e nem ser amados!
Sim, viveram mas não amaram!
Infelizmente....
PS: VOCÊ MULHER, ESCREVE MUITO, PERMITA-ME ESTAR SEMPRE AQUI NO SEU, E AGORA MEU CANTINHO DE LEITURAS. PARABÉNS!!!